Diário de uma apresentadora universitária (pouco corajosa)

Depois de um teste super importante, segunda-feira lá vou eu apresentar mais um trabalho frente à turma inteira. Não sei se é só a mim que isto acontece, mas os últimos minutos em frente à turma, sem estar a apresentar, são fácies. Rimo-nos das caras deles e eles riem-se da cara de pânico que nós temos. Dizem-nos para ter calma, que como diz o livro do Éder, vai correr bem - vai correr lindamente.....

O pior é quando começamos a apresentar. Parece que um holofote gigante, vindo de outro mundo, nos ilumina e não conseguimos ver nada à frente. E ficamos paradas no tempo e no espaço à espera de que aconteça o impossível - que a professora diga que não é preciso apresentar. Mas, ao contrário do que acontece nos filmes, o impossível nunca acontece. E lá ficamos nós.....Em pânico. Só temos mesmo vontade de fazer como os pinguins do filme de Madagáscar.....

Depois respiramos fundo, e lá conseguimos. Finalmente. E um peso que tínhamos acumulado nos ombros, como por magia, desaparece.

Eu estou num curso de Saúde, mas tenho bem a noção de que nunca, mas mesmo NUNCA poderia ir para jornalismo, por exemplo. Ainda me engasgava toda a apresentar o jornal nacional..... Não, nem pensar.

Sei que tenho de falar com as pessoas, quando for trabalhar. Para poder saber quais são as suas limitações nutricionais e se tem algum tipo de dieta, como os vegetarianos. Mas é totalmente diferente falar para uma pessoa, ou duas ou três, do que falar para 50 ou 60. 

Por isso não compreendo porque é que nós, malta de cursos de Saúde têm de fazer tantos trabalhos para apresentar. Mas pronto.

Beijinhos