Diário de uma universitária
Olá
amigas!
Beijinhos
Há tanto tempo que não vinha cá, mas perdoem-me, a vida de uma universitária
não é nada fácil. Não por causa das praxes, mas por causa que não temos tempo
nem para respirar, ok temos, mas é muito pouco. São os trabalhos de grupo e as respetivas
apresentações, os testes que em breve vão começar a juntar ás experiências nos
laboratórios com direito a bata à la Caitlin Snow, se aparecer nas noticias que
um laboratório explodiu, já sabem quem é a culpada ;) não temos tempo para
nada.
E para quem quer saber como foi o meu primeiro dia na universidade, eu digo-vos que foi mais ou menos assim.....
Mas até acabou por correr tudo bem. Ok. É uma nova cidade, uma nova casa, uma nova escola, com novos professores, mas tudo o que é novo estranhamos mas depois entranhamos.
E nestas últimas semanas ainda tive o prazer de ser praxada pelos
digníssimos, puríssimos e excelentíssimos académicos. Para quem não sabe os
académicos são os alunos que já estão quase a acabar o curso e por isso podem-nos
praxar à vontade. Mas calma, não é bem à vontadinha…. Eu só quis ser praxada
porque asseguram-me que eu não era obrigada a fazer certas coisas que os
telejornais repetem e repetem sobre as praxes. Confesso que por causa de tudo o
que vi na televisão, tinha receio de como seriam as praxes e até já tinha
alguns preconceitos que asseguro-vos que eram errados. Aliás, o pior que me
fizeram foi no batismo, em que tive de levar com água de bacalhau (com um
cheirinho do pior que há…. Acho que nunca mais vou conseguir comer bacalhau na
vida….). Mas também tive a minha cota de farinha e esparguete. Não me obrigaram
a correr, nem a rastejar, nem a fazer pinos e cambalhotas (até porque eu não
conseguia, é o que dá ser operada à coluna). Não. Foi tudo muito engraçado e
riamos-nos de tudo e nada, e com isso ganhei amigos para a vida. E é graças às
praxes que somos um curso unido. Por isso, malta da segunda fase, lá por
chegarem agora não significa que no próximo ano não possam ser praxadas. Podem
ter a oportunidade de escolher. Sim ou não. A escolha é vossa. Mas é uma experiência
que, definitivamente nunca mais vão ter na vossa vida.
Mas praxes à parte,
percebi que a universidade é, no fundo como a secundária…. Temos testes, exames,
professores que dão a matéria à velocidade da luz,
professores que insistem em
chamar-nos ao quadro,
trabalhos de grupo, trabalhos no laboratório…. É mais do
mesmo, só que agora só estudamos o que gostamos. Bem…. Não é bem assim… Há
disciplinas ou unidades curriculares, que são de pôr os olhos em bico, matérias
que são úteis, claro, mas muitooooo aborrecidas. (Mas nada que um café não resolva.)
É caso para dizer, estuda o que gostas e o que não gostas e serás aquilo que
gostas.
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